quarta-feira, 20 de maio de 2009

Tubarão Azul


Nome comum: Tubarão Azul, Tintureira

Nome científico: Prionace glauca

Classe: Chondrichthyes

Família: Carcharhinidae

Características físicas: O seu corpo é alongado com focinho comprido e cónico; os seus olhos são grandes e redondos; a primeira barbatana dorsal é baixa e de vértice arredondado; as peitorais têm a forma de uma foice e são estreitas e compridas; a coloração dorsal é azul-viva, os flancos são mais azul mais claro e o ventre é esbranquiçado.
O comprimento total do corpo deste tubarão pode atingir 3,8m mas, possivelmente, alguns indivíduos ultrapassarão os 4 m.

Distribuição: Apresenta uma distribuição circumglobal nos mares temperados e tropicais. No Atlântico Ocidental distribui-se desde a Noruega até á África do Sul, ocorrendo em todos os arquipélagos macaronésios (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde) e sendo comum em toda a extensão do Mar Mediterrâneo. No Atlântico Oriental ocorre desde a Terra Nova até às águas da Argentina. Também está amplamente registada para os oceanos Índico e Pacífico.

Reprodução: É vivípara e ambos os sexos atingem a maturação sexual aproximadamente aos 2,2 m, quando têm 6 anos de idade. As fêmeas passam por uma fase sub-adulta entre 1,7-2,2 m. Embora ainda não tenham atingindo a maturidade sexual, durante esta fase as fêmeas já podem acasalar armazenado esperma até ao momento da sua maturação, altura em produzem a fertilização. Em média cada fêmea desenvolve cerca de 80 embriões (existindo registos de 135). O nascimento das crias ocorre após um período de gestação que dura de 9 a 12 meses. Os indivíduos recém-nascidos medem cerca de 45 cm.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lobo-marinho


Nome comum: Lobo-marinho

Nome cientifico: Monachus monachus (Hermann, 1779)

Taxonomia: Mammalia, Pinnipedia, Phocidae

Tipo de ocorrência: Residente

Classificação: Criticamente em perigo

Distribuição: O lobo-marinho ocorre numa área limitada à bacia do Mediterrâneo, costa noroeste-africana e às ilhas Desertas e Madeira.

População: No passado houve uma redução populacional,presentemente verifica-se um aumento da população que segundo um estudo feito estima a existência de 25 animais em toda a área do Arquipélago da Madeira.

Habitat: A espécie ocorre em mar aberto durante os periodos de deslocação entre ilhas e em redor das ilhas, em zonas de profundidade superior a 6 metros. Utiliza ainda zonas de baixa profundidade junto á costa, costas rochosas com falesias abruptas em cuja base existem grutas, e ainda praias de calhaus rolados ou areia.

Factores de Ameaça: A captura acidental em artes de pesca, principalmente redes de emalhar; pesca ilegal com recurso a dinamite; possibilidade de ocorrência de derrames de crude ou outras substâncias poluentes; desmonoramente de terras impossibilita a entrada das grutas.
Estes factores podem levar:


  • baixa taxa de crescimento da população;

  • elevada mortalidade juvenil;

  • vulnerabilidade a factores patogénicos;

Medidas de Conservação: O desenvolvimento e implementação de legislação a nivel regional; a criação de áreas protegidas; a formação de guardas e vigilantes.


Medidas que estão a ser tomadas: Desenvolvimento de acções de educação e sensibilização ambiental; acções de vigilância e fiscalização; acções de investigação orientadas para a avaliação e distribuição dos efectivos populacionais, estudos de biologia e ecologia; monitorização continuada da população; bem como um incremento de novas medidas de conservação.


Musschia aurea


Nome comum: Musschia aurea

Nome cientifico: Musschia aurea

Nom
e da família: Campanulaceae

Distribuição:
Litoral e interior da Madeira e das Desertas


Época de floração:
Mês de Julho, Agosto, Setembro,
Outubro, Novembro e Dezembro

Descrição da planta:
Planta herbácea, perene, ate 50 cm de altura, glabra, acaule ou subcaulecente. Folhas ovadas e elípticas, de 10-35 X 2-5.5 cm verdes, luzidas, coriáceas, duplamente serradas. Numerosas flores amarelo-douradas, dispostas numa panícula piramidal, até 40 cm de altura, muito ramificada; lobos da corola de 11-16 X 3-4 mm; lobos do estigma de 7-11 mm, Cápsula deiscente por numerosas fendas entre as nervuras.
Planta rara que vive em escarpa rochosas do litoral e interio da Madeira e das Desertas.


Jasmineiro branco


Nome comum: Jasmineiro branco

Nome científico: Jasminum azoricum L

Nome da família:
Oleaceae


Distribuição:
Costa sul da Madeira


Época de floração:
Mês de Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro


Descrição da planta:
Arbusto perene,erecto ou trepador, glabro. Caules longos. Folhas opostas, 3-foliadas; folíolos ovados a ovado-lanceolados, agudos, o terminal maior, de 3-9 X 2-5 cm. Flores aromáticas, reunidas em cimeiras axilares e terminal, constituindo uma película de 3-20 X 1.5-4 cm, terminal, frouxa e folhosa, com 5-25 flores; corola branca, com cerca de 2 cm de diâmetro. Planta extremamente rara que habita em algumas escarpas rochosas da costa sul da ilha da Madeira.


domingo, 17 de maio de 2009

Morcego da Madeira


Nome comum: Morcego da Madeira

Nome científico: Pipitrellus maderensis (Dobson, 1878)

Taxonomia: Mammalia, Chiroptera, Vespertilionidae

Tipo de ocorrência: Açores -» Residente. Endémica da Macaronésia
Madeira -» Residente. Endémica da Macaronésia

Classificação: Açores -» Criticamente em perigo
Madeira -» Criticamente em perigo

Distribuição: muito restrita existindo na Madeira, Porto Santo e em quatro ilhas das Canarias, Tenerife, La Gomera, La Palma e El Hierro. Nos Açores também foram encontrados nas ilhas de Santa Maria, S. Jorge, Graciosa, Flores e Corvo.

População: A população da Madeira deverá incluir menos de um milhar de indivíduos. Nos Açores é pouco abundante, em particular na ilha do Corvo. O número total de indivíduos nos Açores é provavelmente inferior a três centenas

Habitat: Abriga-se em fendas nas rochas e em edifícios. Caça em praticamente todos os tipos de habitat, caça frequentemente em torno da iluminação pública.

Factores de ameaça: No caso dos Açores é as dimensões muito reduzidas das populações e os factores naturais. também incluem a perturbação de colónias, a alteração e a destruição de abrigos e a destruição de habitats de alimentação como por exemplo a alteração das lâmpadas de mercúrio por lâmpadas de sódio reduzem o concentração do alimento e o uso de pesticidas.

Medidas de conservação: realização de estudos para um melhor conhecimento da distribuição, do efectivo e das tendencias populacionais e implementar um programa de monitorização das populações.

Osga das Selvagens


Nome comum: Osga das Selvagens

Nome científico: Tarentola bischoffi (Joger, 1984)

Taxonomia: Reptilia, Sauria, Gekkonidae

Tipo de ocorrência: Residente. Endémica do Arquipélago das Selvagens

Classificação: Vulneravel

Distribuição: endémica do Arquipélago das selvagens, que corresponde as ilhas maiores, Selvagem Grande, Selvagem Pequena e Ilhéus de fora

População: não ultrapassa os 10.000 indivíduos

Habitat: matos de arbustos semi-desérficados com solo pedroso, sob pedras planas bem ajustadas ao solo e com vegetação nas proximidades. Evita zonas de nidificação de aves marinhas e locais habitados por murganhos

Factores de ameaça: espécies não-indígenas, parasitas, doenças e um aumento exagerado das áreas de nidificação de aves marinhas autóctones, predadores como os murganhos e a lagartixa da Madeira Lacerta.

Medidas de conservação: conservar o seu habitat e fazer o controlo ou erradicação das espécies não-indígenas que possam ser competidoras ou predadoras da espécie

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Golfinho - Comum


Nome Comum: Golfinho - Comum.

Nome Tradicional na Madeira: Toninha ou Antoninha.

Nome Científico: Delphinus delphis (Linnaeus, 1758).

Nome Comum (Inglês): Short - beaked Common Dolphin.

Algumas Características: » Comprimento Adulto --> 2m;
» Comprimento das Crias --> 0,8m;
» Peso dos Adultos --> 100kg;
» Fisicamente apresentam um padrão amarelado nos flancos entre o olho e a barbatana dorsal, facilmente visível quando saltam; sela escura em forma de V, com o vértice directamente por baixo da barbatana dorsal; flancos posteriores e pedúnculo caudal cinzento claro; ventre branco; bico proeminente e esguio de cor negra; barbatana dorsal alta e escura, frequentemente com uma zona mais clara no centro.

Ecologia: Espécie gregária observada na Madeira em grupos de uma a várias dezenas de animais, podendo, todavia, formar agrupamentos de centenas de indivíduos; a dimensão dos grupos varia sazonalmente e consoante a altura do dia; muito activos, interagindo frequentemente com as embarcações; a sua alimentação é baseada em pequenos peixes e cefalópodes.

Estatuto de Conservação: Pouco Preocupante.

Ameaças: Captura acidental em artes de pesca e captura directa em pequena escala; na Madeira existem casos pontuais de interacção com pesca, mortalidade directa e por ingestão de material antropogénico, como por exemplo, plásticos.

Distribuição Geral: Ocorre Globalmente nos mares temperados, subtropicais e tropicais.

Presença na Região: Bastante Comum --> Espécie muito comum nas águas da Madeira, onde pratica diversas actividades a nível da alimentação, socialização e reprodução.

Ocorrência ao longo do ano: Sazonal definida --> Muito observados no Arquipélago da Madeira maioritariamente no Inverno e na Primavera.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Freira do Bugio


Nome Comum: Gon-gon, Freira do Bugio.

Nome Científico: Pterodroma feae.

Taxonomia: Aves, Procellariformes, Procellaridae.

Tipo de Ocorrência: Estival Nidificante. Endémico da Macaronésia.

Classificação: VULNERÁVEL.

Distribuição: Espécie que nidifica apenas no Arquipélago da Madeira --> Desertas --> Bugio.

População: Em 2002, com base num trabalho efectuado no Planalto Sul e nas suas áreas adjacentes, a população total do Bugio foi estimada entre 173 e 258 casais reprodutores.

Habitat: Esta espécie nidifica em dois planaltos do Bugio, que se caracterizam pela existência de solo profundoque permite a escavação de ninhos. A distância entre a entrada do ninho e a câmara onde é depositado o ovo varia de ninho para ninho, podendo ser muito longa.

Factores de Ameaça:

- Erosão e diminuição da disponibilidade do habitat pela acção de cabras e coelhos introduzidos. A cobertura vegetal do Planalto Sul, onde provavelmente se localizam a maior parte dos ninhos, apresenta evidências de excesso de uso por parte destas espécies. As abundâncias relativas apontam para que os coelhos sejam o maior vector de degradação do habitat em causa;

- Perturbação da aves, destruição de ninhos e de ovos causada por coelhos. Estes herbívoros invadem os ninhos, provocando a abertura de novas entradas e interligações, provocando a destruição directa dos ovos ou o seu abandono devido ao stress causado nas aves nidificantes;

- Os murganhos poderão constituir factores de ameaça, sobretudo quando a sua acção se faz em simultâneo com a perturbação causada pelos coelhos;

- Aumento da população de cagarras nas Desertas poderá contribuir para que a competição po locais de nidificação se torne, a longo prazo, um factor limitante.

Medidas de Conservação: O Bugio está integrado na Reserva Natural das Ilhas Desertas e conta com um estatuto de Reserva Integral.

Caracóis


Classe: Gastropoda
Ordem: Stylommatophora
Família: Hygromiidae
Espécie: Leptaxis undata undata(Lowe 1831)




Distribuição: Endémica da ilha da Madeira, Península( Ponta de São Lourenço) e ilha da Madeira.

Habitat: Zonas Húmidas e florestadas. Debaixo de pedras e junto a plantas.

Coloração da Concha: Castanho, variando a intensidade.

Dimensões da concha: Altura: 13 mm; Diâmetro: 26 mm.

Estatuto da Conservação(IUCN): NE

Instrumentos de protecção legal: PNM (em parte); Rede Natura 2000 ( em parte).

Observações: Esta espécie consta dos registos fósseis das dunas da Piedade ( Ponta de São Lourenço)

Cachalote


Nome científico: Physeter macrocephalus
Nome comum: Cachalote


Taxonomia
Apesar dos indíviduos estarem presentes durante todo o ano nas Zonas Económicas Exclusivas dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, deverão ter movimentos amplos, do tipo migratório, embora no caso das fêmeas e imaturos aqueles possam ser circulares e não pendulares, como nos machos.

Classificação
A espécie teve uma redução do tamanho da população que pode ter atingido um valor superior a 50% nas últimas 3 gerações , de acordo com a aplicação de um índice de abundância e a avaliação dos níveis de exploração.

Distribuição
O Cachalote é uma espécie pelágica que se distribui por todos os oceanos, evitando apenas as regiões de gelos permanentes dos dois hemisférios.
Os machos são cosmopolitas e podem, durante a migração de Verão, realizar maiores incursões em zonas polares, as fêmeas e os juvenis frequentam unicamente as águas tropicais e subtropicais.

População
A população de Cachalotes na Madeira e Açores sofreu uma redução de 55,3% no período compreendido entre 1949 e 1967, incluindo áreas onde a redução foi superior á verificada na Madeira e nos Açores no apogeu de caça.

Habitat
Esta espécie ocorre em zonas de mas aberto.

Factores de ameaça
  • mortalidade acidental em artes de pesca
  • colisões com embarcações
  • actividades de observação de cetáceos

Nas Regiões Autónomas da Madeira e Açores, é de esperar que não se reinicie a caça a esta espécie.

Medidas de Conservação

Nos Açores, para além da legislação internacional em vigor, foi criada regulamentação para a actividade recreativa e comercial de observação de cetáceos.


Na Madeira, foi implementada a legislação regional de protecção. O Museu da Baleia dinamiza a investigação, a divulgação e sensibiliza para a conservação dos cetáceos neste Arquipélago. Uma das medidas de consservação actualmente em processo de implementação desta actividade na Região da Autonóma da Madeira.


Notas

O Cachalote de uma espécie que efectua grandes deslocações entre trópicos e águas temperadas ou subpolares, é de esperar que os indivíduos que ocorrem na Madeira e nos Açores pertençam ao mesmo núcleo populacional.


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Biodiversidade na RAM - Dr.ª Dilia Menezes (Parte 1)



Nome vulgar: Freira do Bugio.
Nome científico: Pterodroma feae (Mathews, 1934)

Biodiversidade na RAM - Dr.ª Dilia Menezes (Parte 2)


Nome vulgar: Freira do Bugio.
Nome científico: Pterodroma feae (Mathews, 1934)

Biodiversidade na RAM - Dr.ª Rosa Pires (Parte 1)


Nome vulgar: Lobo Marinho.
Nome científico: Monachus monachus.

Biodiversidade na RAM - Dr.ª Rosa Pires (Parte 2)


Nome vulgar: Lobo Marinho.
Nome científico: Monachus monachus.